Meninas da Seleção brilham; Maurine supera dor, faz gol e garante Brasil na briga por ouro do Pan em Guadalajara!
A equipe comandada por Kleiton Lima vai brigar pelo ouro na quinta-feira. Nesta terça, a Seleção entrou em campo usando uma fita preta como símbolo do luto por Brasil, nome do pai de Maurine.
O Brasil começou a partida tomando a iniciativa do ataque, sem se importar com a torcida mexicana que ainda chegava ao estádio. A equipe trocava bons passes, mas sem ameaças consistentes ao gol adversário. Mas com o passar do tempo, o México recuperou o terreno e, aproveitando os muitos erros de passe da Seleção, passou a dominar o jogo.
O México levou sufoco em duas bolas cruzadas, sendo que uma delas obrigou Francielle a subir e salvar de cabeça, com a goleira Bárbara forao lance. Com uma transição rápida da defesa para o ataque, o time da casa chegava com perigo. Apenas na etapa final do primeiro tempo as brasileiras apresentaram melhor volume de jogo.
O gol da vitória foi marcado por Maurine, que resolveu ficar em Guadalajara após a morte de seu pai, no domingo, dia 23 de Outubro. A mãe da jogadora pediu para que ele permanecesse no México para ajudar a seleção na busca pelo tricampeonato Pan-Americano.
A seleção brasileira foi melhor durante toda a partida. No primeiro tempo, a maior arma ofensiva do Brasil foi Maurine, que levava muito perigo com bons cruzamentos para a área da goleira mexicana Santiago. Com atacantes baixas, porém, o time brasileiro não conseguiu transformar em gol as bolas levantadas.
Apesar de ir pouco ao ataque, o México também levou perigo ao gol brasileiro. Aos 14 minutos do primeiro tempo, Francielle, na pequena área, salvou o Brasil após finalização de Garza.
Em meio a muitos chutes errados de fora da área, o Brasil teve duas oportunidades, ambas em cruzamentos pela direita. No primeiro, a zaga tirou antes que Débora colocasse a cabeça na bola. Na segunda, Maurine tocou com perfeição para Rosana, que, livre, cabeceou para a defesa da goleira Aurora Santiago.
Em poucos minutos, o segundo tempo teve mais emoção do que toda a primeira etapa. E, melhor em campo, o Brasil protagonizou a maioria. Depois de Formiga acertar o travessão num chute de fora da área, foi a vez de a Seleção ter um gol legítimo anulado pela árbitra cubana Irasema Aguilera. Aos 19 minutos, Formiga cobrou escanteio e a bola tocou no travessão. Bagé empurrou para o gol, mas a arbitragem assinalou que a bola havia saído.
Logo que a bola foi reposta, o México armou um contra-ataque que deixou Bárbara frente a frente com Samarzich. Mas a goleira brasileira saiu com precisão nos pés da atacante e defendeu. Embalado pelo domínio ofensivo, o Brasil teve uma boa chance com Tânia Maranhã de cabeça, obrigando Santiago a fazer boa defesa.
Aos 31min, Maurine foi para a linha de fundo e cruzou para a área. Rosana subiu no meio da área e cabeceou para o gol, mas Santiago defendeu.
No segundo tempo, o time brasileiro, treinado por Kleiton Lima, passou a jogar mais pelo chão, com toque de bola rápido. Logo aos 13min, Formiga acertou belo chute de perna esquerda e mandou a bola no travessão.
Com 57% de posse de bola, o Brasil continuava mandando na partida. Pressionava muito, mas não conseguia marcar. Aos 22min, Formiga cruzou para a área, Tânia desviou de cabeça e a goleira Santiago fez grande defesa.
Aos 34 minutos do segundo tempo, finalmente as brasileiras marcaram o gol que valeu a classificação para a final. Francielle cruzou para a área, Rosana passou pela bola, e Maurine, livre pelo lado direito, completou de perna direita para o fundo do gol mexicano.
Com a vantagem, o Brasil passou a administrar a partida, aproveitando o desespero do México. Sem se afobar, o time de Kleiton Lima controlou a bola até o apito que garantiu a vaga na final do Pan.
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